Com um apelo tão forte quanto "Grandes poderes trazem grandes responsabilidades", o do racismo e da rejeição por ser diferente, os X-Men tornaram-se o maior sucesso dos quadrinhos na década passada, eclipsando até o Homem-Aranha. Aí a Marvel resolveu ganhar o máximo de grana possível e o resultado foram anos e anos de tramas sofríveis, e a aparição de um sem- número de mutantes, com os mais diversos poderes. Era mais importante explorar os poderes de cada personagem do que aquilo que os faz humanos: seus conflitos, sentimentos e caráter.
Enfim chegou o Joss Whedon, roteirista de tevê, e recuperou tudo isso. É uma aula de relacionamento entre pessoas de diferentes visões do mundo, mas que precisam trabalhar juntas e têm de tomar decisões de vida ou morte sob pressão. Cada um deles é retratado em profundidade, dá quase pra achar que existem mesmo, apesar de dispararem raios pelos olhos e lerem mentes. As histórias ainda têm aliegiginas, mutantes maus, robôs e tudo o mais. Mas vai bem além de um grupo-que-tem-o-Wolverine-e-mais-cinco.
Gorniarte
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