Pelo visto, só tem um tipo de pessoa que agüenta o Bukowski (fora essa garota da foto). E, acredite, não é o próprio Bukowski. São os seus leitores. Ao Sul de Lugar Nenhum é mais uma de suas semi-autobiografias, com ele incorporado, na maioria dos contos, no seu personagem preferido: Henry Chinaski. Chinaski bebe como Bukowski. Chinaski aprecia o ócio como Bukowski. Chinaski transa como o Bukowski (não, eu nunca transei com o Bukowski...é conclusivo) e, enfim, Chinaski escreve como o Bukowski. O fato é que nem o Bukowski parece se importar muito com o Chinaski, e é isso que torna a escrita dele afiada e amarga. Essa coletânea, particularmente, é da época mais afiada do autor e é consagrada como seu melhor livro de contos. Merecido. As histórias não carecem de se alongar para descrever como ninguém tipos do submundo em que Chinaski vivia. Quer dizer, Bukowski. Quer dizer, Chinaski. Ah, tanto faz.Carol Rosa
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