11 de nov. de 2008

Carta ao Pai - Franz Kafka


Reconheço que dói dizer isso de um dos meus ídolos, mas maldito dia em que Kafka resolveu escreveu uma carta ao seu pai. Ele se valeu do estratagema da ficção auto-biográfica para meter o pau no velho. Usando uma psicologia quase freudiana, ele responsabiliza o rígido genitor por suas desventuras, como as de não conseguir amar e ser amado. Faz sentido e seria muito interessante, se não fosse ultra-maçante. Mas, se você ainda fizer questão de ver uma versão chorona do ícone do pessimismo, boa sorte. Apesar do texto não lhe fazer jus, Kafka nunca chega a ser dispensável.

Carol Rosa

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