Que queimar sutiã o quê. Frida Kahlo, uma das maiores artistas mexicanas, abriu portas que nenhuma peça íntima em chamas jamais abriu. Abriu a porta, as janelas, as pernas e, principalmente, as cabeças das pessoas. Desinibida, intelectual e open-mind, a consagrada pintora sofreu com seu físico debilitado, com seu casamento aberto com o também artista Diego Rivera e com a crítica do povo. Mas, em compensação, deitou e rolou - e pulou, e trepou - na cama de mulheres e homens (eu disse que ela era open-mind), incluindo Trotsky. O mérito do filme é que essa trama intrigantíssima foi lindamente dirigida por Julie Taymor e genialmente interpretada por Salma Hayek. O mérito da história é que Frida fez há tempos atrás o que as feministas de hoje tanto ladram. E sem pirofagias no guarda-roupa.
Carol Rosa
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