Imagine alguém vigiando cada um dos seus atos, ouvindo cada conversa sua. Agora imagine que esse alguém não é o Pedro Bial e que você não ganhará uma bolada milionária por isso. É bem esse o clima na Alemanha Oriental de 1984: de opressão. Que o digam os artistas e escritores, entre eles, o dramaturgo Georg Dreyman e sua namorada Christa-Maria Sieland. Mais ou menos contra o partido, os dois vão sofrer as consequências por quererem pensar livremente (vejam que audácia) e terão suas vidas vigiadas e torturadas segundo a segundo pelo agente do sistema Gerd Wiesler e seus companheiros. Mas não se desespere. Por incrível que pareça, a história consegue ser fofa e mostrar que existem rosas no meio dos espinhos. O filme, dirigido por Florian Henckel von Donnersmarck e ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, comprova que a intimidade alheia dá sim bastante audiência. Não que você já não soubesse isso.
Carol Rosa
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