
Filme sobrenatural é que nem sexo: é legal, mas, se abusar, uma hora a coisa não decola. Gracinhas à parte, não dá pra classificar o filme exatamente como “sobrenatural”. Tem um toque, mas não é o foco da coisa. Ou seja: moderado na medida certa. O “foco da coisa” são as emoções, mudanças, birras, injustiças e desencontros de uma família chilena entre as décadas 20 e 40. Sobre o que exatamente não dá nem pra dizer. Os destaques são mesmo as pessoas da família: um patriarca autoritário, uma cândida e sobrenatural mãe de família, uma filha revolucionária, etc, etc. O filme de Billie August em geral é meio dramalhão (não no mal sentido), mas consegue ir de nojento a emocionante em 20 minutos e, eu agarantcho, faz isso bem o suficiente para te arrancar umas boas lágrimas. Nem que você tenha que assistir descascando cebola.
Carol Rosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário