"Laurentino Gomes é a Ivete Sangalo dos livros" foi o comentário que li outro dia no jornal, referindo-se às acachapantes vendas que o seu (lá dele) livro tem alcançado (acachapantes para o mercado editorial brasileiro, bem entendido). Não é para menos. 1808 é recheado de histórias das mais absurdas, que dariam uma ótima obra de ficção, com personagens absolutamente hilários. Mas o melhor de tudo é que cada uma das passagens realmente parece ter acontecido, pois vêm (sim, o acento caiu, é força do hábito) apoiadas por uma extenso material de pesquisa, que parecem corroborar com cada narrativa.
O livro aborda a chegada da Família Real por aqui, acontecimento crucial na formação desse nosso Brasil varonil, e conta todas as transformações e confusões e impressões e multidões e rebeliões e apagões e soluções que vieram em decorrência.
Sabe aquele negócio de que a história é contada pelos vencedores? Bom, esqueça. Aposto que nem vencedores nem vencidos gostariam de ser retratados assim, no melhor estilo de a vida como ela é. Ou melhor, foi.
Gorniarte
Nenhum comentário:
Postar um comentário