9 de mai. de 2009

Harry Potter


"Harry Potter foi uma das melhores coisas que já aconteceu para a literatura." Bom, antes que algum xiita cultural queira me queimar vivo aos gritos de "Heresia! Heresia!", devo esclarecer que não fui eu quem disse isso, mas sim o dono da Livraria Cultura, em uma palestra na Editora Abril (segundo me disseram os presentes). E eu concordo com ele. Harry Potter não é um primor de literatura no sentido de domínio da escrita, longe disso, mas tem o inegável mérito de conseguir fazer com primor aquilo que, na essência, todo livro deve fazer: contar uma história que nos faça vaijar na nossa imaginação. Eu sempre defendi a idéia de que os livros que nos são impostos na escola deveriam ser todos eles tais quais Harry Potters ou Código Da Vinci ou assemelhados, e não os (na época odiosos) clássicos, de escrita empolada e leitura arrastada. Assim, o primeiro contato de todos nós seria inegavelmente prazeroso. Isso poderia fazer com que o ato de ler não fosse visto como algo tão enfadonho pela grande maioria. E assim, quem sabe, teríamos muito mais leitores que, com o tempo, veriam a delícia que é ter um livro, clássico ou não, culto ou não, sempre ao lado. E, se Harry Potter foi tão bom para a literatura, foi melhor ainda para sua escritora, trilhardária (comentário de pura inveja mesmo). Quem ainda não leu, leia. Se não quiser, não há problemas. Mas, por favor, deem aos seus filhos quando for a hora. Eles ainda agradecerão.

Gorniarte

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