
É de se perguntar “por que um conde perderia tempo escrevendo romances B?”. Aí é que está: não perderia. A Lenda do Castelo de Montinhoso, assim como a maioria dos livros espíritas, saiu da cabeça de alguém que estranhamente não gosta de assumir a autoria de suas obras. No caso aqui, a autora é Wera Krijanowsky, uma “médium” espírita que, como pastora, está para uma boa romancista. A história do Barão de Rothschild, seu amor por Valéria Samburoff e as trogentésimas encarnações de ambos tem o que uma história interessante normalmente tem: romance, mistério e aventura. Bom para entreter e só. Não se aprofunde e, principalmente, pule as “lições da doutrina” (mesmo se você for espírita, vai constatar que nunca leu tanta baboseira junta). Mas, acima de tudo – e, por favor, jamais se esqueça isso – abstraia o final.
Carol Rosa
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