"Deus nos fez a sua imagem e semelhança."
Se a máxima ai de cima for verdadeira - e corrobora (óia) a tese de que Ele descansou no sétimo dia, afinal ninguém é de ferro - porque não refletirmos em tudo o que Deus pensou enquanto criou o mundo, Sua conversa com Adão ou o que Pensa ainda hoje lá em suas nuvens.
Foi exatamente isso que Laerte fez nas tirinhas que originaram a trilogia de Deus segundo Laerte (2 A Graça Continua e 3 A Missão, são os outros dois da série). De forma humorada, sutil e não-apelativa ele, o Laerte, coloca Ele, o Deus, em situações cotidianas e reflexivas pela nossa passagem aqui na terra e que, no fundo, fazem todo sentido, seja jogando cartas com Buda, visitando alguns mortais ou colocando ordem no céu. Uma leitura que agrada a ateus e cristão.
Eduardo Alvarado
Um comentário:
Particularmente, acho Laerte Coutinho um sujeito corajoso e extremamente divertido. Consegue desmitificar a divindade - de cruel, desalmado e soberbo - num personagem humano e solidário, bondoso e compassivo, alguém mais próximo de nós do que nós Dele.
É mais fácil amarmos o deus de Laerte do que o Deus católico: exigente, vingativo e que pune quem não segue seus mandamentos.
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