Voooooocêeee,vocêeeeee e vocêeeee... não pode perder esse filme. Do contrário, seus amigos beberão seu sangue e comerão sua carne. A ameaça de José Mojica Marins pode não assustar os mais novos, acostumados com a violência gratuita dos filmes blockbuster. Mas, isso só dura até começar o filme. Embora o corpinho de 70 esteja mais para um vovozinho fofo do que para um assassino cruel, Zé do Caixão se realiza com o sofrimento de suas vítimas. Torturas e rituais de fornicação são recorrentes e prometem muito mais que seus filmes anteriores. O ponto forte está nas cenas em que Zé é confrontado pelo seu passado, em alucinações que se projetam como um filme em preto-e-branco. O ponto fraco está na atuação sofrível de seu criador de unhas cumpridas, tão expressiva quanto a do cigano Igor. De qualquer maneira, um ícone do cinema trash e pioneiro do seguimento de terror nessas terras tupiniquins merece o seu devido valor.
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