
Existem mesmo humanos santinhos ou o clero não passa de uma ilusão? Eça de Queirós escolheria a segunda opção sem pestanejar. Claramente anticlero, o escritor mostra o lado “humano” do padre Amaro (e, afinal, padres não são humanos também?) ao contar a história do seu romance com a jovem Amélia e as suas cruéis conseqüências. Pegando no ponto fraco da instituição mais hipócrita da época, o livro é uma verdadeira pisada no calo da sociedade dos anos 70. Não de 1970 e sim 1870. Portanto, tente se fingir no contexto e você vai entender porque o livro chocou e pode continuar chocando aqueles que deixam a batina cobrir seus olhos.
Carol Rosa
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