8 de fev. de 2009

Shakespeare, a Invenção do Humano




Ultraconservador, elitista, obsoleto. São esses os adjetivos que a esquerda acadêmica, seguidora de Focault, utiliza para descrever a visão de literária de Harold Bloom, professor de literatura e ciências humanas em Yale, autor de livros como "Hamlet - Poema Ilimitado" e "O Cânone Ocidental".

Se para a esqueda acadêmica ele é tudo isso, os mesmos são para ele completamente nefastos ao retirarem a literatura das universidades e defenderem a ideia de que escritores como Shakespeare e Cervantes só se tornaram cânones literários por serem europeus, brancos e blábláblá. À ideologia dessa corja - por que não? - Bloom deu o nome de "Escola do Ressentimento" e seguiu em frente com o seu compromisso de analisar e dar a devida importânia à grande literatura por ela mesma.

Em "Shakespeare, a Invenção do Humano", o crítico literário disseca uma a uma às peças do dramaturgo inglês defendendo a ideia de que a inteligência de Shakespeare é tanta que, por meio de seus textos dramáticos, ele criou a consciência do humano tal qual a conhecemos hoje -multifacetada, contraditória - e, que, portanto, a obra do Bardo tem, para os gnósticos (aqueles que acreditam na salvação por meio da Sabedoria), o mesmo valor que a Bíblia Sagrada tem para os cristãos.

Se você não acredita em nada do que eu escrevi aqui, leia pelo menos alguma peça de Shakespeare e, em seguida, a análise da mesma no livro de Bloom. Garanto que você terá um novo paradigma quanto à si próprio e a humanidade que te ronda. E se converterá à Gnose. E se sentirá inveja dos estudantes de Yale - dado o nível dos professores universitários tupiniquins.


Danilo Thomaz

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