16 de jan. de 2009

Fargo - Joel e Ethan Cohen

Toda unanimidade é burra, dizia Nelson Rodrigues. Prefiro acreditar nisso a acreditar que o burro sou eu (preciso manter a auto-estima). Fargo é um dos casos que exemplificam bem essa situação: todo mundo acha fora-de-série, obra-prima dos irmãos Cohen. Fui babando assistir e achei, hum... como direi... nada demais. É muito bem produzido, fotografia fantástica... mas só. Primeiro que odeio rótulos como "comédia dramática" ou a chamada brasileira: uma comédia de erros. Caceta, onde alguém conseguiu ver comédia? Um idiota falido contrata um ladrãozinho pé rapado para sequestrar sua mulher e exigir um polpudo resgate do pai dela. Só que o pé rapado chama um pinel pra ajudar e a coisa foge do controle, com o último matando nego a torto e a direito. O que era pra ser um "simples sequestro" (se é que algo assim pode ser simples) vira um festival de assassinatos. E não, o clima não é de pastelão, e sim tenso como "Onde os Fracos Não Tem Vez". Cacilds, alguém consegue ver comédia nisso? Ainda mais se, como diz o começo do filme, essa história for baseada em um caso real. E não me venham falar em "retrato da alma humana", "consequencias do isolamento" e outras baboseiras. Prefiro continuar acreditando que toda unanimidade é burra. Antes ela do que eu.

Gorniarte

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